quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Jane Eyre


Extraído do site de pesquisa: Wikipédia.

Jane Eyre é um romance da escritora inglesa Charlotte Brontë publicado em 1847. O livro foi lançado originalmente em Londres, pela Editora Smith, Elder & Co., Cornhill, em 16 de outubro de 1847, em 3 volumes. Apesar de possuir ainda vários elementos da literatura gótica, tais como a ambientação em castelos, o clima de mistério sugerido pelo segredo do passado, a tragicidade dos personagens, o período histórico do gótico já havia terminado, e Charlotte Brontë não tem sido considerada dentro desse tipo de literatura.

Resumo da obra

Jane Eyre é a autobiografia ficcional da personagem principal. Conta como Jane, órfã de pai e mãe, vive infeliz na casa de uma tia que a detesta. Após um confronto com esta, Jane é enviada para uma escola, onde conhece os primeiros momentos de felicidade. Após seis anos como aluna e mais dois como professora, decide procurar uma nova posição. Encontra-a em Thornfield Hall, como preceptora da jovem Adèle, a pupila de Edward Rochester.
Quando finalmente conhece Rochester, ambos se apaixonam. Ele lhe propõe casamento e ela aceita. Contudo, no dia do casamento, Jane descobre que Rochester já era casado, com uma mulher chamada Bertha, que conhecera na Jamaica e que entretanto enlouquecera. Para que ninguém soubesse, ele a mantinha escondida no sótão de Thornfield Hall. Perante isto Jane decide fugir. Após alguns dias de fome, é recolhida por St John Rivers e suas irmãs. Mais tarde vem a descobrir que não só herdou dinheiro de um tio, como os seus anfitriões são na realidade também seus primos diretos (algo que todos desconheciam) e, decidida a recompensá-los, divide a herança com estes. St John Rivers decide partir como missionário e levar a prima consigo, como esposa. Jane hesita e resolve descobrir o que se passara com Rochester (pois havia um ano que fugira de sua casa), antes de dar uma resposta ao primo.
Vem a encontrá-lo cego e ao cuidado de dois criados fiéis, pois Thornfield Hall ardera em um incêndio provocado pela esposa enlouquecida, e ele perdera a vista ao tentar salvar todos que lá viviam. Como Bertha desaparecera no fogo, Jane decide assim casar finalmente com ele.

domingo, 25 de setembro de 2011

Mitos de Cthulhu


Extraído do site de pesquisa: Wikipédia.

Os Mitos de Cthulhu (do inglês, Cthulhu Mythos) é o termo usado pelo escritor August Derleth como referência ao panteão de monstros e seres fantásticos que habitam os contos de ficção científica e horror de Howard Phillips Lovecraft. Subsequentemente, o termo também é usado pelas gerações de escritores influenciados por sua vida e obra.

Os Mitos


Cthulhu teve sua primeira referenciação no conto "O Chamado de Cthulhu" (do inglês The Call of Cthulhu), na forma de uma estatueta de argila, representando um híbrido de octópode, ser humano, e dragão (de acordo com descrições do próprio autor). Ele está ligado ao mito dos Grandes Antigos (do inglês Great Old Ones), que surgem constantemente ao longo de toda sua obra, como em Nas Montanhas da Loucura (At the Mountains of Madness), A Sombra Fora do Tempo (Shadow Out of Time), Um Sussurro nas Trevas (Whisperer in Darkness), entre outros. Segundo os Mitos, a Terra teria sido habitada, há bilhões de anos, por criaturas que aqui teriam chegado antes que nosso planeta fosse capaz de gerar ou sustentar vida por si próprio. Eles, e não Deus, teriam criado a vida: o próprio Homem seria uma criação deles, gerada unicamente por escárnio e servitude. Em contos posteriores, fica implícito que os Grandes Antigos seriam criadores do próprio universo, e de todos os seres nele presentes. Isso foi suficiente para que Lovecraft fosse considerado pelas igrejas fundamentalistas do mundo inteiro, que acreditam na versão da criação bíblica, como blasfemo. Os Grandes Antigos teriam Cthulhu como um de seus líderes (de acordo com os contos, seria o Alto Sacerdote, responsável pelo ressurgimento de todos os outros quando as estrelas estivessem alinhadas devidamente), embora existam outros monstros na "Literatura Lovecraftiana" ainda mais estranhos e cruéis, como o Demônio-Sultão Azathoth. Os Mitos são uma metáfora para a insignificância humana diante da magnitude do Universo: mais do que malevolentes, os monstros dos Mitos são, na verdade, friamente indiferentes à existência e sofrimento humanos, encarnando as verdadeiras forças da Natureza.

Os Mitos segundo Derleth

Após a morte de Lovecraft, Derleth se tornou o mais famoso escritor a incorporar os Mitos em sua histórias. Mas Derleth o fez segundo sua própria visão, incorporando propriedade do cristianismo e do dualismo aos Mitos, tornando-os uma batalha do Bem contra o Mal, ao invés do universo caótico, cruel e desprovido de sentido que caracterizava os contos lovecraftianos. Muitos leitores de Lovecraft consideram a intervenção de Derleth prejudicial à obra original. Lovecraft era ateu e afirmava que os valores éticos ocidentais, pregados por Kant, eram uma piada. Os Mitos, na visão de Lovecraft, não foram criados como uma mitologia coesa, e sim como uma coletânea de idéias que poderiam ser usadas para provocar as mesmas emoções. Coloca-los como parte de uma batalha entre bem e mal seria tirar deles o que os tornava incomparavelmente hediondos: um propósito além de nossa compreensão, e uma brutal e cruel indiferença em relação a condição humana.

Os Deuses

Vários deuses são citados nas histórias que compõem o Mito, dentre os quais se destacam:
  • Cthulhu
  • Azathoth
  • Hastur
  • Nyarlathotep
  • Shub-Niggurath
  • Tsathoggua
  • Yog-Sothoth
  • Dagon e Hydra

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Stephen King - Livros:


Extraído do site de pesquisa: Wikipédia.

Ficção
  • 1974 - Carrie (Carrie)
  • 1975 - A Hora do Vampiro (Salem's Lot)
  • 1977 - O Iluminado (The Shining)
  • 1978 - A Dança da Morte (The Stand)
  • 1979 - A Zona Morta (The Dead Zone)
  • 1980 - A Incendiária (Firestarter)
  • 1981 - Cão Raivoso (Cujo)
  • 1983 - Christine (Christine)
  • 1983 - O Cemitério (Pet Sematary)
  • 1983 - A Hora do Lobisomem (Cycle of the Werewolf)
  • 1984 - O Talismã (The Talisman, escrito com Peter Straub)
  • 1985 - Tripulação de Esqueletos (Skeleton Crew)
  • 1986 - A Coisa (It)
  • 1987 - Os Olhos do Dragão (The Eyes of the Dragon)
  • 1987 - Angústia (Misery)
  • 1987 - Os Estranhos (The Tommyknockers)
  • 1989 - A Metade Negra (The Dark Half)
  • 1990 - A Dança da Morte (expandida) (The Stand: The Complete & Uncut Edition)
  • 1991 - Trocas Macabras (Needful Things)
  • 1992 - Jogo Perigoso (Gerald's Game)
  • 1992 - Eclipse Total (Dolores Claiborne)
  • 1994 - Insônia (Insomnia)
  • 1995 - Rose Madder (Rose Madder)
  • 1996 - À Espera de Um Milagre (The Green Mile)
  • 1996 - Desespero (Desperation)
  • 1998 - Saco de Ossos (Bag of bones)
  • 1999 - A Tempestade do Século
  • 1999 - The Girl Who Loved Tom Gordon (não publicado no Brasil))
  • 2000 - Riding the Bullet (não publicado no Brasil)
  • 2001 - O Apanhador de Sonhos (Dreamcatcher)
  • 2001 - A Casa Negra (Black House, escrito com Peter Straub)
  • 2002 - Buick 8 (From a Buick 8)
  • 2005 - O Rapaz do Colorado
  • 2006 - Celular (Cell)
  • 2006 - LOVE: A História de Lisey (Lisey’s Story)
  • 2008 - Duma Key (Duma Key)
  • 2009 - Under the Dome
  • 2010 - Blockade Billy
Não ficção
  • 1981 - Dança Macabra (Danse Macabre)
  • 1988 - Nightmares in the Sky: Gargoyles and Grotesques
  • 2000 - On Writing
  • 2000 - Secret Window, Secret Garden
  • 2005 - Faithful: Two Diehard Boston Red Sox Fans Chronicle the Historic 2004 Season
Livros de Contos
  • 1978 - Sombras da Noite (Night Shift)
  • 1982 - Quatro Estações (Different Seasons)
  • 1985 - Tripulação de Esqueletos (Skeleton crew)
  • 1990 - Depois da Meia-noite (Four Past Midnight)
  • 1993 - Pesadelos e Paisagens Noturnas I e II (Nightmares & Dreamscapes)
  • 1997 - Six Stories
  • 1999 - Corações Perdidos da Atlântida
  • 2002 - Tudo é Eventual (Everything is eventual: 14 Dark Tales)
  • 2008 - Just After Sunset
  • 2011 - Ao Cair da Noite
Serie A Torre Negra (The Dark Tower)
Grande parte da obra de Stephen King se encontra reflexada na sua opus magnus: A Torre Negra, uma saga de sete volumes.
  • 1982 - A Torre Negra Vol. I - O Pistoleiro (publicado originalmente como cinco histórias separadas entre 1978 e 1981; edição revista e expandida publicada em 2003)) (The Gunsliger)
  • 1987 - A Torre Negra Vol. II - A Escolha dos Três ( The Drawing of the Three)
  • 1991 - A Torre Negra Vol. III - As Terras Devastadas ( The Waste Lands)
  • 1997 - A Torre Negra Vol. IV - Mago e Vidro ( Wizard and Glass)
  • 2003 - A Torre Negra Vol. V - Lobos de Calla (2003; originalmente anunciado com o título A Sombra Rastejante) (Wolves of the Calla)
  • 2004 - A Torre Negra Vol. VI - Canção de Susannah (Song of Susannah)
  • 2004 - A Torre Negra Vol. VII - A Torre Negra ( The Dark Tower)
Sob o pseudónimo de Richard Bachman
  • 1977 – Fúria/Raiva (Rage)
  • 1979 - A Longa Marcha/Caminhada da Morte (The Long Walk)
  • 1981 - A Auto-Estrada (Roadwork)
  • 1982 - O Concorrente (The Running Man)
  • 1984 - A Maldição do Cigano (Thinner)
  • 1985 - Os Livros de Bachman (The Bachman Books)
  • 1996 - Justiceiros (The Regulators)
  • 2007 - Blaze

sábado, 17 de setembro de 2011

Endereços de Bibliotecas Públicas de São Paulo - Parte I




Adelpha Figueiredo
Pça. Ilo Ottani, 146, Canindé.

Affonso Taunay
R. Taquari, 549, Mooca.

Afonso Schmidt
Av. Elísio Teixeira Leite, 1.470, Cruz das Almas.

Alceu Amoroso Lima - Temática em Poesia
Av. Henrique Schaumann, 777, Pinheiros.

Álvares de Azevedo
Pça. Joaquim José da Nova s/n, V. Maria.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Manuscrito da Bruxa


Extraído do site de pesquisa: Wikipédia.

O bicho-papão ou "papão" é um ser imaginário da mitologia infantil portuguesa e brasileira, mas também surge no resto da península Ibérica, como na Galiza, na Catalunha e nas Astúrias.
O bicho-papão é a personificação do medo, um ser mutante que pode assumir qualquer forma de bicho, um ser ou animal frequentemente de aspecto monstruoso comedor de crianças, um papa-meninos. O bicho-papão está sempre à espreita e é atraído por crianças desobedientes.
O bicho-papão, tal como outros seres míticos como o homem do saco ou a coca, é usado pelos pais para assustar e impedir que as crianças desobedeçam. Todas as suas representações estão associadas ao mal que pode ocorrer às crianças caso se afastem ou contrariem os pais; a expressão "porta-te bem senão vem o bicho-papão" induzia assim o respeito das crianças sobre a eventual negligência deliberada, caso o monstro realmente viesse. Sentindo-se sozinhas e desamparadas, as crianças tendem a obedecer.
Na Galiza, é um ser gigantesco  mas pode também ser um trasgo ou duende. Mas, qualquer que seja a sua representação, o seu nome, que deriva do termo de conotação infantil "papar", revela a sua principal função: devorar crianças.
C. Cabral refere que na Espanha o papão tem um tamanho gigantesco, boca enorme, olhos de fogo e estômago de forno ardente.
Em Portugal, o papão é tema de uma antiga cantiga de embalar:
"Vai-te papão, vai-te embora
de cima desse telhado,
deixa dormir o menino
um soninho descansado."

Edgar Allan Poe - Annabel Lee


Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino de ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar.
Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor --
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar.
E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.
E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.
Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.
Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Edgar Allan Poe X Theatre Of Tragedy X Vincent Price


Vamos ao fato! Vc deve estar se perguntando, o que todos eles tem a ver? Tudo, é claro! A obra de Poe "A Máscara da Morte Rubra, interligou todas essas épocas diferentes, todas essas pessoas diferentes. Vejamos abaixo como.

The Masque of the Red Death (A Máscara da Morte Escarlate, em português) é um conto escrito por Edgar Allan Poe.

Em 1964, o conto ganhou uma adaptação para o cinema, com o ator Vincent Price no papel do protagonista príncipe Próspero e dirigido por Roger Corman que filmara uma série de adaptações de contos de Poe, o filme recebeu o título de "A Orgia Da Morte".

A banda Theatre of Tragedy, na música "And when he falleth", faz uma alusão desses dois mestres do horror, Poe e Price.  Na parte da música, que diz:

"
- Esta cruz que você usa ao redor do seu pescoço; é apenas uma decoração, ou você é mesmo uma crente no Cristianismo?
- Sim, eu acredito - verdadeiramente.
- Então eu quero que você retire isto imediatamente! E nunca use isto dentro deste castelo novamente! Você sabe como um falcão é treinado, minha querida? Seus olhos são tampados. Cego temporariamente, ele sofre os caprichos de seu Deus pacientemente, enquanto sua vontade é suprimida e ele aprende a servir - enquanto seu Deus instrui e cega você com cruzes.
- Você retirou minha cruz porque ela ofendeu...
- Não ofendeu ninguém. Não, simplesmente aparece para mim ser indelicado usar ou o símbolo da morte de um Deus. Meus antepassados tentaram encontrá-lo. E abrir a porta que separa nós de nosso Criador.
- Mas você não precisa de portas para encontrar Deus. Se você acreditar...
- Acreditar?! Se você acredita você é ingênuo. Você pode olhar ao redor deste mundo e acreditar na bondade de um Deus que governa ele? Penúria, pestilência, guerra, doença e morte! Eles governam este mundo.
- Há também amor, vida e esperança.
- Muita pouca esperança eu asseguro você. Não. Se um Deus de amor e vida já existiu... Ele está há muito tempo morto. Alguém... Alguma coisa governa em seu lugar."
Assistam ao filme, leiam ao conto e ouçam essa música. Depois me digam o que acharam. Tudo apenas acaso? Ou foi uma obra que marcou uma época inteira?

sábado, 10 de setembro de 2011

Os Assassinatos da Rua Morgue


Extraído do site de pesquisa: Wikipédia.
Foto: Filme 1932.

The Murders in the Rue Morgue (Os Assassinatos da Rua Morgue, no Brasil) é um conto escrito por Edgar Allan Poe e que foi publicado pela primeira vez na Graham's Magazine, em abril de 1841.
Conta a história de dois brutais assassinatos de mulheres na Rua Morgue, em Paris, casos que parecem insolúveis até que o detetive C. Auguste Dupin assume o caso e, usando sua estupenda inteligência, desvenda esse grande mistério.
O detetive Dupin é considerado o precursor de Sherlock Holmes. Os métodos de investigação são semelhantes ao do detetive inglês e, as histórias policiais em que aparece, encontram-se no período da gênese da literatura policial internacional.
Apesar dessas qualidades, Dupin é pouco conhecido pois seu criador escreveu apenas três contos com ele (a obra completa de Poe é pequena em razão da sua morte precoce, ao 40 anos, além de mais identificada com contos de terror e suspense, outra criação literária do genial autor estadunidense).
Além de Os Assassinatos da Rua Morgue, Dupin aparece nos seguintes contos:
  • The Mystery of Marie Roget (1842)
  • The Purloined Letter (1844)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Pequenas Frases


"Há pessoas que nos falam e nem as escutamos; há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossa vida e nos marcam para sempre."
Cecília Meireles.

 

"Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível."
 Francisco de Assis

 

"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que às vezes poderíamos ganhar pelo medo de tentar."
Shakespeare

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Manuscrito da Bruxa


Da Magia a Sedução?

Rudyard Kipling

 
Rir é arriscar-se
a parecer doido...

Chorar é arriscar-se
a parecer sentimental.

Estender a mão é arriscar-se
a se comprometer.

Mostrar os seus sentimentos
é arriscar-se a se expor.

Dar a conhecer as suas idéias, os seus sonhos, é arriscar-se a ser rejeitado.

Amar é arriscar-se a não ser retribuído no amor.

Viver é arriscar-se a morrer.

Esperar é arriscar-se a se desesperar.
Tentar é arriscar-se a falhar...

Mas devemos nos arriscar!

O maior perigo na vida está
em não arriscar.

Aquele que não arrisca nada...

Não faz nada...
Não tem nada...

Luís de Camões


Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?

domingo, 4 de setembro de 2011

Frases de Jane Austen


"Não quero que as pessoas sejam muito gentis; pois tal poupa-me o trabalho de gostar muito delas."

"devo ater-me a meu próprio estilo e seguir meu próprio caminho. E apesar de eu poder nunca mais ter sucesso deste modo, estou convencida de que falharia totalmente de
qualquer outro."

"Ela queria saber o que naquele momento estava passando em sua mente, de que maneira ele pensava nela. e se, ao arrepio de tudo, ela ainda era querida por ele."

"Ninguém jamais poderá amar mais do que uma vez na vida."

Edgar Allan Poe


O CORVO

Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."

Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o chão refletia
A sua última agonia.
Eu, ansioso pelo sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora,
E que ninguém chamará jamais.

E o rumor triste, vago, brando,
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido
Nunca por ele padecido.
Enfim, por aplacá-lo aqui no peito,
Levantei-me de pronto e: "Com efeito
(Disse) é visita amiga e retardada
Que bate a estas horas tais.
É visita que pede à minha porta entrada:
Há de ser isso e nada mais."

Minha alma então sentiu-se forte;
Não mais vacilo e desta sorte
Falo: "Imploro de vós - ou senhor ou senhora -
Me desculpeis tanta demora.
Mas como eu, precisando de descanso,
Já cochilava, e tão de manso e manso
Batestes, não fui logo prestemente,
Certificar-me que aí estais."
Disse: a porta escancaro, acho a noite somente,
Somente a noite, e nada mais.

Com longo olhar escruto a sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta:
Só tu, palavra única e dileta,
Lenora, tu como um suspiro escasso,
Da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.

Entro co'a alma incendiada.
Logo depois outra pancada
Soa um pouco mais tarde; eu, voltando-me a ela:
"Seguramente, há na janela
Alguma coisa que sussurra. Abramos.
Ela, fora o temor, eia, vejamos
A explicação do caso misterioso
Dessas duas pancadas tais.
Devolvamos a paz ao coração medroso.
Obra do vento e nada mais."

Abro a janela e, de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre Corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
De um lord ou de uma lady. E pronto e reto
Movendo no ar as suas negras alas.
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta, em um busto de Palas;
Trepado fica, e nada mais.

Diante da ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gesto severo - o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: "Ó tu que das noturnas plagas
Vens, embora a cabeça nua tragas,
Sem topete, não és ave medrosa,
Dize os teus nomes senhoriais:
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"
E o Corvo disse: "Nunca mais."

Vendo que o pássaro entendia
A pergunta que lhe eu fazia,
Fico atônito, embora a resposta que dera
Dificilmente lha entendera.
Na verdade, jamais homem há visto
Coisa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta,
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta
Que este é o seu nome: "Nunca mais."

No entanto, o Corvo solitário
Não teve outro vocabulário,
Como se essa palavra escassa que ali disse
Toda sua alma resumisse.
Nenhuma outra proferiu, nenhuma,
Não chegou a mexer uma só pluma,
Até que eu murmurei: "Perdi outrora
Tantos amigos tão leais!
Perderei também este em regressando a aurora."
E o Corvo disse: "Nunca mais."

Estremeço. A resposta ouvida
É tão exata! é tão cabida!
"Certamente, digo eu, essa é toda a ciência
Que ele trouxe da convivência
De algum mestre infeliz e acabrunhado
Que o implacável destino há castigado
Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,
Que dos seus cantos usuais
Só lhe ficou, na amarga e última cantiga,
Esse estribilho: "Nunca mais."

Segunda vez, nesse momento,
Sorriu-me o triste pensamento;
Vou sentar-me defronte ao Corvo magro e rudo;
E mergulhando no veludo
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera
Achar procuro a lúgubre quimera.
A alma, o sentido, o pávido segredo
Daquelas sílabas fatais,
Entender o que quis dizer a ave do medo
Grasnando a frase: "Nunca mais."

Assim, posto, devaneando,
Meditando, conjecturando,
Não lhe falava mais; mas se lhe não falava,
Sentia o olhar que me abrasava,
Conjecturando fui, tranqüilo, a gosto,
Com a cabeça no macio encosto,
Onde os raios da lâmpada caiam,
Onde as tranças angelicais
De outra cabeça outrora ali se desparziam,
E agora não se esparzem mais.

Supus então que o ar, mais denso,
Todo se enchia de um incenso.
Obra de serafins que, pelo chão roçando
Do quarto, estavam meneando
Um ligeiro turíbulo invisível;
E eu exclamei então: "Um Deus sensível
Manda repouso à dor que te devora
Destas saudades imortais.
Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora."
E o Corvo disse: "Nunca mais."

"Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: "Existe acaso um bálsamo no mundo?"
E o Corvo disse: "Nunca mais."

"Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende!
Por esse céu que além se estende,
Pelo Deus que ambos adoramos, fala,
Dize a esta alma se é dado inda escutá-la
No Éden celeste a virgem que ela chora
Nestes retiros sepulcrais.
Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!"
E o Corvo disse: "Nunca mais."

"Ave ou demônio que negrejas!
Profeta, ou o que quer que sejas!
Cessa, ai, cessa!, clamei, levantando-me, cessa!
Regressa ao temporal, regressa
À tua noite, deixa-me comigo.
Vai-te, não fica no meu casto abrigo
Pluma que lembre essa mentira tua,
Tira-me ao peito essas fatais
Garras que abrindo vão a minha dor já crua."
E o Corvo disse: "Nunca mais."

E o Corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!

Álvares de Azevedo


Meu desejo


Meu desejo? era ser a luva branca
Que essa tua gentil mãozinha aperta:
A camélia que murcha no teu seio,
O anjo que por te ver do céu deserta....
 

Meu desejo? era ser o sapatinho
Que teu mimoso pé no baile encerra....
A esperança que sonhas no futuro,
As saudades que tens aqui na terra....
 

Meu desejo? era ser o cortinado
Que não conta os mistérios do teu leito;
Era de teu colar de negra seda
Ser a cruz com que dormes sobre o peito.
 

Meu desejo? era ser o teu espelho
Que mais bela te vê quando deslaças
Do baile as roupas de escomilha e flores
E mira-te amoroso as nuas graças!
 

Meu desejo? era ser desse teu leito
De cambraia o lençol, o travesseiro
Com que velas o seio, onde repousas,
Solto o cabelo, o rosto feiticeiro....
 

Meu desejo? era ser a voz da terra
Que da estrela do céu ouvisse amor!
Ser o amante que sonhas, que desejas
Nas cismas encantadas de languor!